sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

"Há admiráveis preparativos
para o sono
  Há despertares admiráveis; e eu
só aprecio os sonhos enquanto os acredito reais.
Porque o mais belo sono não vale
                     o momento em que se acorda"
                                                             André Gide

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A cor do mundo 
    é da cor dos nossos olhos:
 verde, azul, castanho, negros góticos
sentimos amor ao se avizinhar do próximo
mas inabilidade ao assumir tal fato:
as vezes somos só oferta nos contornos do ilógico
  as vezes no escuro somos mais sucintos
as vezes no silêncio, mais prosaicos
   e sempre na humildade mais versáteis,
quando damos retorno ao que não compreendemos.
Amor, perdoa nossa estranheza
      choramos, rimos, sentimos dores
nos frustamos pelas nuvens e idades que passam
entre o tempo e o espaço que nos enlaçam
entre o pão e a volatilidade que nos permeiam.
A cidade é um campo minado
                 holofotes e bueiros a explodir
lojas e outdoors
                 a consumir nossos olhos
                                      helicópteros e caminhões armados.


A cidade é um campo minado
                 seu consumo é uma bomba preste a explodir
seu luxo é um lixo
 em qualquer esquina
 em qualquer arquivo
                        suas drogas potentes são armas latentes
                         suas armas indecentes são vertentes inconsequentes do mobiliário urbano:
pistolas,fuzis,postes,redes elétricas,ponto de ônibus,bancos
carros e homens em solavancos
A cidade é um extenso campo minado.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


Sem mais nem menos

a saudade de você

Quase à queima-roupa

O coração que arde a rua

Nome que vem a boca

Respiração fogueira e lua

Musa que dança nua

a saudade de você.


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

MITOLOGIA

UM lançou raios de luz
        DOIS tocaram-se os dedos
                  TRÊS descortinaram o olhar
                            QUATRO estenderam-se sem medo.

CINCO impulsionaram-se ao mar
             SEIS criaram arvoredos
                      SETE resolveram se juntar a
                               OITO que eram que só passaredo.

NOVE viveram sem lar
            DEZ desposaram vinhedos
                    ONZE tocaram estrelas
                               DOZE voltaram mais cedo.

Eu Te Amo Mesmo Assim, musical de João Falcão

Caetano Veloso Circuladô de Fulô Poema de Haroldo de Campos

O Paradoxo da Espera do Ônibus

Adão Dãxalebaradã - Armas e Paz

domingo, 8 de dezembro de 2013

Ditos Ritmos

Há um amor
No ritmo das madrugadas
Dos caminhos em meio a auroras
No suspiro de incontáveis horas
No cancioneiro de noites inconfessáveis

Amor
No balaio de versos incontidos
Na rua de todas as flores
Na languidez dos tempos idos

Amor
Que percorre o céu como um astro
Acendendo todos os consortes
Iluminação de todos os espaços

Amor
De música rica e inimitável
De compasso inalcançavél
De um abraço nunca vivido.

sábado, 30 de novembro de 2013

ESTÁ NA PÁGINA DOS CARINHOS BONS
   ESTÁ NA LETRA , NO ABECEDÁRIO
O SEU NOME INSCRITO MEU CORAÇÃO
 SEU AMOR COM UM DICIONÁRIO.
                                                           DINGO.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

(autor desconhecido)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Fernanda Montenegro recitando Simone Beauvoir - Globo News

A fotografia do cinema
   o olhar a criar estratagemas
a luz como diamante-gema
   a inventariar seu próprio tema
os refletores, os roteiros,os poemas
      o céu que cria um chão mestiço.
No flashback, um rio colhe tempestades
e na antesala do paraíso
 há um desasossego de terras
é tudo uma questão de ponto de vista
entre tons vermelhos e azuis piscinas
a angústia ou o canto dos uirapurus
a força dos operários, punks, sacis, caiporas
Glauberes, Bressanes, vamo'simbora.
                                                              Orlando Rangel

sábado, 27 de abril de 2013

"Não se pode confiar no Imperialismo
nem um tantinho assim. Nada
Porque a natureza do imperialismo
é a que bestializa os homens.
Que os convertem em feras sedentas de sangue,
que estão dispostas a degolar, 
a assassinar a última imagem de um revolucionário."
                                                      Che Guevara
Poesia é assim:
   vida, subsistência, encontro.
não vale um euro,
não vale libra,
não vale um conto.
  é amor amando amor,
 e ponto.
                      Orlando Rangel

quinta-feira, 25 de abril de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Seria mais fácil ser uma pessoa de meios termos. Não sou. Não sei ser, não me é natural.


Também seria mais bonito falar através de metáforas. Mas gosto do literal. Deixa menos margem para interpretações. Também é verdade que é menos poético, mas não temos todos que ter essa qualidade de encantar os outros com o que fazemos, dizemos ou escrevemos. Por isso há que estar preparado para ler aqui uma coisa feia ou estilísticamente pouco interessante - embora não acredite que alguém venha aqui para ver exercícios de escrita.

Mas voltando aos meios termos, a verdade é que não sei funcionar sem ser muito próxima dos extremos. E quando caio no erro de o tentar (porque às vezes é mesmo preciso), o resultado é quase sempre mau porque não o sei fazer... então tento fazê-lo à imagem de alguém, geralmente de alguém em quem confio nesses "meios termos". Pior ainda! Estou a ser outra pessoa, e tudo corre bem se tudo correr bem, mas tudo corre mal se a coisa for por mau caminho. Porquê? Porque estando eu a ser outra pessoa, na altura em que a coisa me fugir do controle não saberei reagir, argumentar, ou o que for preciso fazer.

cláudia guerreiro

domingo, 20 de janeiro de 2013

Tame Impala - Elephant (Official Video)

Tame Impala - Feels Like We Only Go Backwards

Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.
Fixava vertigens.
Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.
Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas.
Arthur Rimbaud
O amor tem a voz melodiosa como um rio
     e reflete a luz de verdes mares
traz o céu e as flores da terra
e brilha como fogo e pensamento.
peço ao amor que permaneça
sou carente de suas inconstantes fugas
 impropérios e deliciosas curvas
das suas formas sutis de liberdade.
E sinto sua ternura como chuva
sua abrangência de campo e cidade
sua difícil e laboriosa infância
o amor é substância e espaço
por isso admiro sua inesperiência
em um mundo vasto e iluminado
como se o tato tivesse olhos fechados
 e  a alma intensos olhos abertos.
                                                Orlando Rangel

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Classic Films






Como está começando o ano, e como eu sou um admirador nato do cinema, quero prestar uma homenagem  a três filmes que cabem em todas as listas dos melhores filmes do mundo. Esses filmes, de certa maneira, fizeram com que eu prestasse mais atenção na parte técnica e e na parte artística do cinema.