terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Seria mais fácil ser uma pessoa de meios termos. Não sou. Não sei ser, não me é natural.


Também seria mais bonito falar através de metáforas. Mas gosto do literal. Deixa menos margem para interpretações. Também é verdade que é menos poético, mas não temos todos que ter essa qualidade de encantar os outros com o que fazemos, dizemos ou escrevemos. Por isso há que estar preparado para ler aqui uma coisa feia ou estilísticamente pouco interessante - embora não acredite que alguém venha aqui para ver exercícios de escrita.

Mas voltando aos meios termos, a verdade é que não sei funcionar sem ser muito próxima dos extremos. E quando caio no erro de o tentar (porque às vezes é mesmo preciso), o resultado é quase sempre mau porque não o sei fazer... então tento fazê-lo à imagem de alguém, geralmente de alguém em quem confio nesses "meios termos". Pior ainda! Estou a ser outra pessoa, e tudo corre bem se tudo correr bem, mas tudo corre mal se a coisa for por mau caminho. Porquê? Porque estando eu a ser outra pessoa, na altura em que a coisa me fugir do controle não saberei reagir, argumentar, ou o que for preciso fazer.

cláudia guerreiro

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